Estamos no mês da mulher. Muitos encontros, bate-papo, homenagens. E pesquisas. A disparidade de gênero no mercado de trabalho ainda é alta. Um tanto confusa, também. Vamos falar sobre diferença salarial.
Segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria, nos últimos 10 anos, houve uma redução na diferença entre salários pagos às mulheres e aos homens. O índice que mede a paridade de rendimentos passou de 72 em 2013 para 78,7, em 2023. A medição é realizada em uma escala de 0 a 100. Quanto mais próximo de 100, maior a equidade.
Será que é a vez das mulheres? Até mesmo os dirigentes homens afirmam que é preciso continuar avançando, com medidas concretas. O governo quer reduzir em 10% a diferença da renda média do trabalho entre homens e mulheres e chegar a 45,2% de formalização da força de trabalho feminina no mercado de trabalho até 2027.
O que é a desigualdade salarial
Desigualdade salarial é o resultado das diferenças de rendimento entre mulheres e homens no ambiente de trabalho para as mesmas funções/ocupações.
Origem da desigualdade social
Para entender a origem da desigualdade social precisamos viajar até a Grécia, onde as mulheres eram vistas como subordinadas aos chefes de família, sem deveres laborais. Suas únicas funções eram cuidar dos filhos e procriar. Estamos falando de uma configuração que ocorria há mais de 3000 anos.
Na Europa da Idade Média, o trabalho feminino ainda era concentrado no espaço doméstico. A partir do século 19, com a industrialização, passa a crescer a exploração da força de trabalho feminina como uma opção mais barata à masculina.
Quando iniciaram os movimentos para a mudança
Na virada para o século 20, começaram a ser sentidos os primeiros movimentos para a mudança. Em 1917, no bairro operário da Mooca, em São Paulo, um grupo de mulheres operárias iniciou uma greve que em poucos dias alcançaria cerca de 70 mil trabalhadores, chegando ao Rio de Janeiro e em Porto Alegre. Nos Estados Unidos, na Rússia e em outros países da Europa, os movimentos se multiplicavam. Tudo começa a mudar na década de 1960, com o boom do feminismo e a conquista do direito ao voto.
A posição do Brasil no quesito desigualdade
No Brasil, por exemplo, a taxa de mulheres no Ensino Superior é cerca de 8,2% maior que a de homens, segundo o IBGE.
O Brasil ocupa a 94ª posição quando o assunto é igualdade de gênero. A publicação analisa indicadores como participação política, nível de educação e oportunidades econômicas entre homens e mulheres.
O que diz a lei no Brasil
No Brasil, a primeira legislação trabalhista, sancionada por Getúlio Vargas em 1943, já previa salário igual sem distinção de sexo.
O Governo atual dispõe de uma portaria que define regras para as empresas buscarem a igualdade salarial entre homens e mulheres. Ela prevê mecanismos para promover o pagamento de salários iguais para homens e mulheres na mesma função em empresas com pelo menos 100 funcionários.
Com todos os avanços, é notável que os desafios para alcançar a equidade no mercado de trabalho ainda são muitos. Mulheres continuam lutando para conquistar espaços e reconhecimento.
A a.ndc está sempre em busca de apoiar e fortalecer mulheres, além de promover o bem-estar e dar espaço para que as suas colaboradoras possam se desenvolver e se destacar.